Saúde municipal e PL do Executivo que autoriza venda de bens públicos são destaques no discurso de Marcos Belitardo
Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada na última terça-feira (7), o Vereador Marcos Belitardo destacou dois temas em seu pronunciamento: problemas no acesso à saúde pública municipal e o Projeto de Lei do Executivo Nº 38/2023, que autoriza a desafetação e a alienação de bens públicos do município.
Marcos iniciou seu discurso falando sobre a saúde pública municipal. Ele comentou a apresentação do Requerimento Nº 56/2023, no qual pediu informações sobre problemas no Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, referentes a medicamentos e equipamentos cirúrgicos quebrados. O documento foi reprovado pelo Parlamento nesta noite.
“Muitos procedimentos deixam de ser realizados por conta disso, da parte neurológica, da parte ortopédica e de muitas outras; isso ocasiona a superlotação das enfermarias, está lá, é fato; basta constatarmos isso pessoalmente, como eu faço”, relatou. O vereador ainda acrescentou que os problemas de falta de equipamentos, como macas, também acontecem da Unidade de Pronto Atendimento.
Segundo Marcos, a culpa desses problemas não é dos funcionários e médicos dos hospitais municipais, mas, sim, daqueles que estão gerindo os recursos públicos. Ele afirmou que essas pessoas não têm sensibilidade para entender que a falta de estrutura para o atendimento dos munícipes, na área da saúde, afeta diretamente a qualidade de vida da população.
“Não há justificativa ao falar que é falta de recurso, não é falta de recurso; é falta de estabelecer a saúde pública do nosso município como prioridade”, constatou o edil.
Em seguida, Marcos ainda afirmou que há muito dinheiro e patrimônio públicos, que poderiam ser aplicados no oferecimento de uma qualidade de vida melhor para os teixeirenses. Ele citou o Projeto de Lei do Executivo Nº 38/2023, que possibilita a venda de imóveis públicos, para ilustrar a capacidade de recursos do município.
Na opinião do vereador, esses imóveis não devem ser vendidos, pois podem ser utilizados para a construção de equipamentos para servir à população futuramente, como creches, escolas e postos de saúde, por exemplo. “Desfazer-se de um patrimônio público trará, certamente, consequências no planejamento físico de nossa cidade; sou contrário a esse projeto, porque a prioridade deve ser cuidar de pessoas, e não desfazer-se de bens que, lá na frente, vai piorar a qualidade de vida do nosso povo, por não haver mais praças, por não ter mais lugares que possibilitem a criação de uma unidade de saúde, por exemplo”, concluiu Marcos.